quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Thomas Edison e o primeiro beijo da história do cinema

Além de ser responsável por algumas das mais importantes inovações da história moderna, Thomas Edison também foi quem deu o primeiro beijo do cinema, em 1896:


(via)

Ele existe!

Falando nisso, já viu o clipe novo do Wilco?

Faster Pussycat! Kill! Kill! (1965)


Clássico de Russ Meyer, completo no Youtube! Se curte os filmes do Tarantino, aperta o play:

Max Zorn: arte com fita adesiva








(via)

Ramones no programa Efrom Allen's Underground, em 1978


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Amostra Grátis #01

Seguindo uma das propostas do blog, de reunir e compartilhar coisas que eu garimpo por aí, começa hoje o Amostra Grátis: uma mixtape, elaborada por mim, com bandas novas que eu conheci e que se mostraram interessantes em algum aspecto. Naturalmente, a grande maioria dos grupos são de Londres (já que eu estou morando aqui), mas esse não será necessariamente um pré-requisito.
A ideia é aquela de sempre: oferecer uma porta de entrada para que você se aprofunde por conta própria naquilo que se interessar mais (até por isso, todas as edições do Amostra Grátis serão a maior mistureba que eu puder fazer). Se curtir alguma banda da playlist, é só ir atrás e pesquisar mais sobre ela.
Sem mais delongas, aperte o play e ouça o Amostra Grátis #01:

Fotos famosas em preto e branco, versão colorida

Albert Einstein
Che Guevara
Mark Twain
Anne Frank
Charlie Chaplin
Charles Darwin
Alfred Hitchcock
Abraham Lincoln
O beijo na Times Square 

(via)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Filmes em animação de "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis", dos anos 1970

Que em dezembro desse ano a versão cinematográfica de "O Hobbit" chega aos cinemas você já deve saber. Mas conhece o filme em animação, inspirado no livro de J. R. R. Tolkien, lançado em 1977?

 
Tem também a versão de "O Senhor dos Anéis", de 1978:



(via)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Vídeos caseiros na Disneyland em 1956


Um cara chamado Jeff Altman encontrou um vídeo caseiro feito pelos seus avós em 1956, durante um passeio pela Disneyland (que havia sido inaugurada um ano antes), e resolveu publicar:

Repare que aos 20 segundos do primeiro vídeo a avó conhece Walt Disney em pessoa!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

As fotos das capas dos discos: Londres muito além da Abbey Road

Por Murilo Benites
(Crédito: Divulgação)

“Abbey Road”: o nome de uma rua, de um estúdio e de um disco. A rua, ao noroeste de Londres, veio antes, é claro. Depois, lá se instalou o estúdio (completou oitenta anos em novembro passado). E finalmente, em 1969, numa manhã de sexta-feira, quatro homens atravessaram a faixa de pedestres em frente ao estúdio, produzindo a capa do disco que estavam gravando por lá. Anos depois, tanto aquele pequeno pedaço da rua como o estúdio viriam a ser declarados patrimônios históricos, e ao grupo formado pelos homens que atravessaram aquela faixa, chamado The Beatles, seria dado o título de melhor banda de todos os tempos.

John, Paul, George e Ringo provavelmente não faziam ideia do impacto que causaria aquela simples e prática ideia para a foto da capa do seu novo álbum. Dezenas de anos depois, a faixa de pedestres em frente ao Abbey Road Studios é visitada diariamente por centenas de pessoas, que imitam o ato de atravessá-la, em homenagem aos Beatles. Até mesmo quem mora em Londres e passa por lá frequentemente, no caminho para casa ou para o trabalho, reconhece a importância daquele lugar para a história da música. E foi assim, meio sem querer, que o álbum mais vendido dos “fab four” acabou dando a Londres um inusitado ponto turístico. Uma rua, como qualquer outra, foi então eternizada, e passou a ser parada obrigatória para quem visita a cidade. 

Abbey Road: faixa de pedestres mais famosa do mundo (crédito: Divulgação)

Mas esse não foi o primeiro nem o último local de Londres a ser usado como cenário para a foto da frente de um disco. Alguns dos clássicos mais importantes e influentes da história da música pop também tiveram a capital inglesa retratada em suas capas, mas não são tão, digamos, "badalados". Diariamente, pessoas andam por esses pontos, muitas vezes sem se dar conta da relevância cultural do lugar pelo qual estão passando. Para comprovar e descobrir um pouco mais sobre isso, visitei alguns desses lugares. O que há em Londres além da Abbey Road? Você descobre agora:

Álbum: The Clash
Banda: The Clash
(Crédito: Divulgação)

Ao lado dos Sex Pistols, o The Clash é considerado o principal nome da história do punk rock no Reino Unido e um dos principais no mundo. Ao longo dos seus dez anos de formação, o grupo também provou de outros estilos, principalmente o ska, mas o álbum homônimo de estreia da banda, lançado em 1977, é a raiz da ideologia punk, pura e simples: músicas rápidas, com poucos acordes, letras de protesto e muita atitude. Não é exagero dizer que o Clash serviu como influência para centenas de bandas, dos mais diferentes estilos musicais, além de ter estabelecido novos parâmetros ao rock, juntamente de grupos como The Stooges, New York Dolls, Buzzcocks, MC5, The Velvet Underground, Sex Pistols e Ramones.

A fotógrafa americana Kate Simon, que também retratou artistas como Bob Marley, Debbie Harry, Madonna e Patti Smith, foi a encarregada de fazer a simples, mas significativa, foto da capa do primeiro álbum do Clash. Significativa porque a rampa onde foi feita a imagem, com os integrantes da banda, era em frente ao “Rehearsal Rehearsals”, local onde eles criaram as músicas para o álbum, além de também terem ensaiado, se apresentado, e, por vezes, até morado. Hoje, a área é onde se localiza o famoso “Camden Stables Market” e, ironicamente, o Rehearsal Rehearsals virou uma loja de roupas futuristas, onde se toca música eletrônica em alto volume. A rampa, por sua vez, transformou-se em uma escadaria e as vigas acima foram retiradas.

A foto original (crédito: Kate Simon)

Hoje, a rampa virou uma escadaria (crédito: Murilo Benites)

Entrada para o Camden Stables Market (crédito: Murilo Benites)

Ao fundo, como está atualmente a entrada do Rehearsal Rehearsals (crédito: Divulgação)


(Crédito: Murilo Benites)

Álbum: The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars
Artista: David Bowie
(Crédito: Divulgação)

O disco mais importante de um dos artistas mais influentes do mundo da música. Lançado em 1972, The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars é um álbum conceitual, sobre um alienígena chamado Ziggy Stardust, que vem salvar a Terra, fadada a ser destruída em cinco anos. No fim das contas, Ziggy forma uma banda, vira uma estrela do rock e acaba se matando. Contando assim, é meio bizarro, mas a forma ousada como David Bowie construiu um personagem andrógeno e peculiar e, principalmente, como transformou toda essa história em ótimas canções, acabou ditando muito do que foi feito na música e na moda nos anos seguintes, sobretudo nos anos 1980. O álbum figura na maioria das listas de “melhores de todos os tempos” e catapultou Bowie ao status de grande ícone do rock e da cultura pop. No Brasil, a versão da banda Nenhum de Nós para “Starman”, intitulada “O astronauta de mármore”, fez muito sucesso. Seu Jorge também chegou a fazer algumas versões de músicas do disco.

A foto da capa, feita numa noite chuvosa em janeiro de 1972, por Brian Ward, mostra Bowie posando como Ziggy Stardust em frente ao número 23 da Heddon Street. Originalmente feita em preto e branco, a fotografia foi posteriormente tingida para atingir o estilo desejado. Na época, a Heddon Street era uma pequena e pacata rua, paralela à movimentada Regent Street, no coração de Londres. Hoje, transformou-se na “The Regent Street Food Quarter”, repleta de restaurantes chiques, desfigurando o local exato da foto e o deixando quase irreconhecível. O famoso letreiro luminoso, que pode ser visto na foto, com a escrita “K. WEST”, foi leiloado como parte de uma venda de memorabilia do rock & roll, alguns anos depois de feita a capa. O único elemento que ainda permanece lá, embora meio escondido, é a cabine telefônica utilizada por Bowie na contracapa do disco.

Contracapa do disco: David Bowie como Ziggy Stardust na cabine telefônica (crédito: Brian Ward)

Bowie posa em frente ao local onde a capa foi feita, para um cartão postal comemorativo, lançado nos anos 1990 (crédito: Divulgação)

Foto extra de Ziggy Stardust (crédito: Brian Ward)

O local da foto, hoje em dia (crédito: Murilo Benites)

(Crédito: Murilo Benites)

Álbum: Animals
Banda: Pink Floyd
(Crédito: Divulgação)

Quanto ao estilo e a estética musical, Animals, do Pink Floyd, pode ser considerado o antagonismo do disco “The Clash”, do Clash, lançado no mesmo ano (1977). No entanto, a essência das letras é a mesma nos dois álbuns: a crítica social. O décimo trabalho da banda, inspirado na obra “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell, é uma condenação à sociedade capitalista e à exploração dos menos favorecidos. Possui duas músicas com menos de dois minutos e três com mais de dez e é o terceiro de uma sequência de quatro aclamados discos lançados pelo Pink Floyd: “Dark Side of The Moon” (1973), “Wish You Were Here” (1975), “Animals” (1977) e “The Wall” (1979).

A capa do disco, extremamente simbólica, é a foto de um porco inflável sobrevoando a usina termelétrica Battersea, localizada no bairro de Wandsworth, ao sul de Londres, e desativada em 1975. Hoje, a Battersea Power Station se mantém de pé e pode ser considerada um gigantesco monumento cultural, além de uma construção famosa e emblemática de Londres, baseada na Art Déco. No dia em que foi feita a foto da capa, o porco inflável misteriosamente se soltou, indo parar na área de trafego aéreo do principal aeroporto da cidade e depois caindo no condado de Kent. Em outubro desse ano, um novo porco inflável foi erguido próximo à Battersea Power Station para promover o lançamento do catálogo remasterizado do Pink Floyd.

A capa de Animals foi recriada em outubro do ano passado (crédito: Divulgação)

Battersea Power Station, hoje em dia (crédito: Murilo Benites)

Atualmente a usina termelétrica está desativada (crédito: Murilo Benites)

(Crédito: Murilo Benites)


Álbum: Out of Our Heads
Banda: The Rolling Stones
(Crédito: Divulgação)

Lançado em 1965, “Out of Our Heads” representa um momento importante na história dos Rolling Stones: foi o último disco constituído majoritariamente por covers de Rhythm and Blues lançado pela banda. O álbum seguinte, “Aftermath” já seria integralmente composto pela dupla Mick Jagger e Keith Richards e apresentaria mudanças significativas na sonoridade dos Stones. Há também certa confusão em torno do lançamento do álbum, que nos Estados Unidos contou com o maior clássico da banda, “(I Can't Get No) Satisfaction”, ao contrário da versão lançada no Reino Unido, já que havia sido divulgada anteriormente em formato single. De qualquer forma, o disco é recheado de boas canções.

Considerado o fotógrafo oficial dos Rolling Stones, Gered Mankowitz declarou que a capa de Out of Our Heads é uma das quais ele mais se orgulha de ter feito. A foto foi tirada em Ormond Yard, um beco vazio e sujo, composto por fundos de lojas chiques do centro de Londres. Hoje, e provavelmente também na época, o beco só é usado para descarregar mercadorias e para que os trabalhadores das lojas possam fumar sossegados. 

Ormond Yard, hoje em dia (crédito: Murilo Benites)

A foto original (crédito: Gered Mankowitz)

(Crédito: Murilo Benites) 


Álbum: (What’s The Story) Morning Glory?
Banda: Oasis
(Crédito: Divulgação)

Possivelmente, o álbum mais importante dos anos 1990 no Reino Unido. Lançado em 1995, “(What’s the Story) Morning Glory?” foi o segundo e mais bem sucedido disco do Oasis, vendendo cerca de 21 milhões de cópias e ficando no topo das paradas britânicas por dez semanas seguidas. Repleto de hits como “Wonderwall”, “Don't Look Back in Anger", "Some Might Say", "Champagne Supernova", “Roll With It” e “Morning Glory”, o disco, mais do que confirmar o sucesso do Oasis, o transformou em um dos precursores e protagonistas, ao lado do Blur, de uma nova onda musical da época: o Britpop. Os irmãos Noel e Liam Gallagher, principais integrantes do grupo, também ficaram famosos pelas declarações polêmicas na mídia e pelas constantes brigas, que viriam a resultar no fim da banda, em 2009. Ambos seguem hoje com elogiados trabalhos solo: “Beady Eye” e “Noel Gallagher's High Flying Birds”.

A Berwick Street, no Soho, foi o cenário escolhido para a capa e a contracapa do disco (coincidentemente, há poucos metros dali existe uma rua chamada Noel Street). A Berwick abriga vários estúdios, agências de publicidade e importantes lojas de vinil. Uma delas, a Reckless Records, deixa exposta na vitrine uma cópia do álbum, mostrando o lugar exato em que ela aparece na capa. O encarregado da foto foi Michael Spencer Jones, que colocou o DJ Sean Rowley e o diretor de arte Brian Cannon para caminhar na rua vazia e aparecerem, desfocados, na frente do álbum.

Berwick Street hoje, em dia (crédito: Murilo Benites)

Reckless Records mostrando que está na capa de (What’s the Story) Morning Glory? (crédito: Murilo Benites)

(Crédito: Murilo Benites)


Álbum: Between The Buttons
Banda: The Rolling Stones
(Crédito: Divulgação)

Com os hits “Let’s Spend The Night Together” e “Ruby Tuesday” (na época do lançamento, ambas não foram inclusas na versão do Reino Unido, apenas nos EUA, por terem sido lançadas como single), Between The Buttons, de 1967, já apresenta os Stones buscando uma nova sonoridade. Gered Mankowitz, o fotógrafo oficial da banda, foi quem fez a foto da capa, buscando uma imagem borrada, que espelhasse essa mudança de fase pela qual a banda passava, tirando um pouco os pés de suas raízes do R&B e tentando um caminho mais artístico e experimental. Essa transição começou com o disco anterior, “Aftermath”, seguido por Between The Buttons e prosseguindo com uma sequência incrível de outros clássicos: “Their Satanic Majesties Request”, “Beggars Banquet”, “Let It Bleed”, “Sticky Fingers” e “Exile On Main Street”.

Grata surpresa foi descobrir que a capa de Between The Buttons havia sido feita em Primrose Hill. O lugar é com certeza a “locação” mais bonita da lista: um suntuoso morro, localizado na parte norte do Regent's Park, com uma das mais agradáveis vistas panorâmicas de Londres, gramados extensos e ar puro.

Foto extra para Between The Buttons (crédito: Gered Mankowitz)
Foto extra para Between The Buttons (crédito: Gered Mankowitz)
Foto extra para Between The Buttons (crédito: Gered Mankowitz)
Foto extra para Between The Buttons (crédito: Gered Mankowitz)
Primrose Hill, hoje em dia (crédito: Murilo Benites)
Primrose Hill, hoje em dia (crédito: Murilo Benites)

(crédito: Murilo Benites)